A participação da Associação Brasileira das Empresas de Genética de Suínos (ABEGS) na agenda Conexão Latino-Americana: fortalecendo parcerias na cadeia de valor da suinocultura, realizada em São Paulo, foi marcada por avanços estratégicos no diálogo comercial com países da região. Promovido pela Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), com o apoio da ABEGS e da plataforma 3tres3, o encontro aconteceu no final de março e reuniu lideranças do setor suinícola de nove países — Brasil, Chile, Colômbia, Paraguai, Panamá, Peru, Bolívia, Equador e México.
Ao lado de suas afiliadas, a ABEGS apresentou o potencial do Brasil como fornecedor confiável de material genético de alta qualidade, destacando o diferencial sanitário do país e sua capacidade produtiva. A entidade vem atuando de forma intensiva, em conjunto com o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), para abrir e ampliar mercados estratégicos na América Latina.
Chile
Atualmente, o país sul-americano permite a entrada de suínos para reprodução apenas do estado de Santa Catarina, o que limita a exportação, já que grande parte das Granjas de Reprodutores Suídeos Certificadas (GRSCs) está localizada em outros estados. Com o avanço da Zona Livre de Aftosa sem Vacinação, o MAPA e a ABEGS estão trabalhando para expandir o Certificado Zootécnico e permitir o envio de animais de outras regiões, especialmente do Paraná, estado que já despertou o interesse das autoridades sanitárias chilenas.
Peru
No caso do Peru, a ABEGS buscou estreitar sua aproximação com a ASOPORCI (Associação de Produtores de Suínos do Peru) ao longo de 2024, com o objetivo de apresentar o trabalho da entidade nacional e destacar a qualidade da genética suína brasileira, com intuito de gerar interesse no mercado nacional. O diálogo vem trazendo avanços e em 2025, a ABEGS, com suas afiliadas, participará da feira CIPORC, promovida pela ASOPORCI, como forma de se aproximar ainda mais do país.
Equador
O Equador também está entre os mercados prioritários para a ABEGS. As negociações com o país apresentam desafios uma vez que não há adido agrícola brasileiro no território, o que limita a comunicação com o setor. Dessa forma, a agenda Conexão Latino-Americana foi uma oportunidade de apresentar diretamente a genética suína brasileira aos representantes da Asociación de Porcicultores del Ecuador (ASPE).
México
Já em relação ao México, o Brasil vem estreitando sua relação com o país, o que já resultou na abertura de mercado para a carne suína brasileira. Agora, a ABEGS, em conjunto com o MAPA, vem trabalhando para ampliar a relação comercial e expandir para a exportação de animais vivos e sêmen congelado. Durante o Conexão, a ABEGS reforçou o diálogo com a OPORMEX (Organización de Porcicultores Mexicanos), com quem pretende estreitar a cooperação ao longo deste ano.
Para o 1º secretário da ABEGS, Nevton Brun, o encontro latino-americano foi especialmente relevante por reunir representantes de países com os quais o Brasil pleiteia a abertura de mercado para genética suína, além daqueles com os quais visa a ampliação das parcerias comerciais. “A agenda nos proporcionou o contato direto com lideranças do setor, nos dando oportunidade direta de estreitar essas relações, além de apresentar todo o potencial genético e sanitário das empresas brasileiras”, destacou.