A Associação Brasileira das Empresas de Genética de Suínos (ABEGS) realizou, no início de setembro, uma missão em Pequim, na China, com o objetivo de ampliar as exportações de material genético suíno brasileiro e posicionar o país como alternativa competitiva aos tradicionais fornecedores da América do Norte e da Europa.
Durante a missão, o apoio dos representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) na China foi fundamental, tanto na construção das agendas quanto na validação das pautas apresentadas. De forma institucional, a Pasta destacou as vantagens competitivas do Brasil em sanidade animal, escala produtiva e qualidade genética — pontos que despertaram grande interesse de empresas e entidades chinesas.
Foram dois dias de encontros estratégicos com organizações como a China Meat Association (CMA), a China Chamber of Commerce for Import and Export of Foodstuffs, Native Produce and Animal By-products (CFNA) e a China Animal Agriculture Association (CAAA). Também participaram companhias líderes da suinocultura chinesa, como Shennong, GIASTAR e Twins.
Os participantes ressaltaram o interesse crescente da China no material genético brasileiro, especialmente diante da necessidade de modernização do setor após os surtos de Peste Suína Africana (PSA), em 2018 e 2019.
Para o presidente da ABEGS, Alexandre Rosa, a missão foi essencial para reforçar a credibilidade do Brasil em questões sanitárias e apresentar o potencial da genética nacional. “Estar na China levando a genética suína brasileira foi estratégico. Ao lado do MAPA, mostramos aos produtores chineses a qualidade e a capacidade da nossa suinocultura. A experiência foi extremamente positiva, com empresas locais reforçando às autoridades o interesse pelo nosso material genético”, destacou.
Rosa acrescentou que o momento é decisivo. “A China vive uma fase de aceleração tecnológica, e o Brasil tem muito a oferecer — não apenas em termos de genética superior, mas também de segurança sanitária comprovada. Estamos confiantes em ampliar parcerias e fortalecer a presença do setor no mercado internacional.”
Como próximos passos, o MAPA deverá formalizar o pleito de abertura do mercado junto à autoridade sanitária chinesa (GACC), com apoio das entidades locais visitadas. A expectativa é que a articulação conjunta entre governo e iniciativa privada acelere o reconhecimento do Brasil como fornecedor oficial de material genético suíno.