A Associação Brasileira das Empresas de Genética de Suínos (ABEGS) consolidou sua atuação em 2024 por meio de iniciativas estratégicas que fortaleceram as relações com o governo e abriram caminhos para mercados internacionais, promovendo o desenvolvimento da suinocultura brasileira.
Negociações para abertura de novos mercados foram destaque em 2024
Em fevereiro deste ano, a ABEGS realizou reuniões com adidos agrícolas da China para impulsionar a exportação de material genético suíno. O mercado chinês representa uma oportunidade estratégica para o Brasil diversificar sua atuação global e fortalecer suas exportações.
Já em Março, a entidade apresentou pautas da suinocultura para Secretaria de Defesa Animal do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) e reforçou a importância de retomar diálogo com o governo do México para resolver questões sanitárias ainda pendentes e abrir negociações com o país.
Uma grande conquista do setor foi a abertura de mercado para a exportação brasileira de suínos vivos aos cinco países integrantes da União Econômica Eurasiática (UEEA) – Rússia, Belarus, Armênia, Cazaquistão e Quirguistão – anunciada em maio pelo governo brasileiro. A ABEGS desempenhou um papel fundamental no pleito, desde 2023.
Também busca de estreitar o diálogo com o mercado peruano, em maio e julho, a ABEGS se reuniu, em formato on-line com a Asociación de Porcinocultores (ASOPORCI) do Peru. A agenda teve como foco apresentar o trabalho da associação e destacar a qualidade da genética suína brasileira para gerar interesse no mercado nacional. Na sequência a marcou presença no Congresso Internacional de Cultura Suína 2024 (Ciporc), realizado no Peru, em Lima.
No mês de agosto, a associação solicitou ao MAPA um pedido de ampliação do Certificado Veterinário Internacional (CVI) com o Chile, para incluir os estados do Paraná e Rio Grande do Sul, estados brasileiros recentemente reconhecidos como livres de febre aftosa sem vacinação.
Para o presidente da associação, Alexandre Rosa, a atuação em 2024 foi marcada por avanços importantes para o setor de genética suína, resultado do fortalecimento de parcerias estratégicas e do trabalho conjunto com o governo brasileiro e atores internacionais. “A conquista da abertura de mercados é um exemplo claro de como estamos diversificando nossas exportações e garantindo novas oportunidades para a suinocultura brasileira. Em 2025, seguiremos atuando para ampliar as negociações com potenciais parceiros comerciais”, explicou.
Entidade celebrou avanços do setor suinícola em eventos do agro
Em maio de 2024, a ABEGS esteve presente no evento “Avanços do Plano Estratégico Brasil Livre de Peste Suína Clássica (PSC)”, que destacou a erradicação da vacinação em Alagoas, um marco para a saúde animal. O estado, faz parte da zona não livre (ZnL) da doença e foi escolhido para a implementação do plano piloto da campanha de vacinação.
Desde o início, a ABEGS tem apoiado financeiramente e tecnicamente o plano que visa fortalecer a vigilância contra a doença e desenvolver um programa de vacinação regionalizado na zona não livre do Brasil.
Outro marco importante foi a participação no evento “Congresso Internacional de Cultura Suína (Ciporc) 2024”, realizado no Peru, em julho. Durante a ocasião, a entidade distribuiu uma cartilha institucional destacando os diferenciais genéticos e sanitários do rebanho brasileiro. “Participamos e patrocinamos o Ciporc com o objetivo de fortalecer o diálogo entre ambos os países e promover a qualidade da genética suína nacional”, explicou o presidente Alexandre Rosa.
A associação também marcou presença no Salão Internacional de Proteína Animal (SIAVS) 2024, em agosto, onde destacou os avanços genéticos do setor, a sustentabilidade, a eficiência produtiva e a resistência a doenças como fatores que fortalecem a posição do Brasil no mercado global.
Por fim, no início de dezembro, ao participar do evento comemorativo dos 30 anos do PNSA e 20 anos do PNSS, a ABEGS reiterou sua atuação técnica, juntamente com a ABCS, destacando a contribuição da Estação Quarentenária de Cananéia (SP) em relação a biossegurança durante a introdução de material genético de qualidade no país. Já são mais de 43 mil animais introduzidos no Brasil desde 1958 e a exigência de passagem pela EQC já existe há mais de 10 anos. A estação segue como referência internacional quando se fala em proteção da saúde do plantel brasileiro.
Para Alexandre Rosa, os resultados de 2024 foram fruto de trabalho estratégico contínuo. “Estamos confiantes de que no próximo ano vamos alcançando novos patamares, ampliando oportunidades para toda a cadeia produtiva. Seguiremos firmes no propósito de fortalecer o setor”.