A Associação Brasileira das Empresas de Genética de Suínos (ABEGS) esteve presente no evento “Avanços do Plano Estratégico Brasil Livre de Peste Suína Clássica (PSC)”, realizado no último dia 09/05, em Brasília na sede do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). O evento marca o fim da vacinação contra PSC em Alagoas. O estado, faz parte da zona não livre (ZnL) da doença e foi escolhido para a implementação do plano piloto da campanha de vacinação, devido ao apoio dos parceiros locais, à sua extensão geográfica e ao rebanho de suínos, além da preocupação com o foco da doença registrado em 2019 na região limítrofe com a zona livre (ZL) de PSC.
Para o presidente da ABEGS, Alexandre Rosa, trabalhar para erradicar a PSC é essencial e é um compromisso de diversos elos da cadeia produtiva, pois a doença impacta negativamente o status sanitário do Brasil, uma vez que a China, por exemplo, ainda enxerga o país como uma zona única, independentemente do foco da doença e mesmo havendo isolamento. “Eles vão julgar o status sanitário do país como uma forma de negociação, de barganha, dessa forma o esforço conjunto do governo e da iniciativa privada para alcançar o objetivo da erradicação da doença no território nacional é fundamental”, pontuou.
Atualmente, o Brasil está dividido em Zona Livre (ZL) de PSC, abrangendo 16 estados, e zona não livre (ZnL) de PSC, abarcando 11 estados. Desde o início, a ABEGS tem apoiado financeiramente e tecnicamente o plano que visa fortalecer a vigilância contra a doença e desenvolver um programa de vacinação regionalizado na zona não livre do Brasil.
O chefe de serviços veterinários da ABEGS, Gustavo Simão, que esteve presente no evento, explicou que a PSC é uma doença de impacto econômico significativo, caracterizada por sua alta capacidade de disseminação e gravidade. “A doença não é transmitida a humanos, mas possui alto grau de contágio entre os suínos, além de não ter tratamento ou cura. Vale lembrar que a PSC é de notificação obrigatória ao Serviço Veterinário Oficial, conforme a Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA)”, disse Simão.
Gustavo, afirmou ainda que a associação compreende a importância e a responsabilidade de melhorar o status sanitário do Brasil em relação a outros países exportadores de carne e material genético. ” O projeto é específico para a zona não livre de PSC, mas quem ganha é toda a suinocultura, pois preserva a sanidade do rebanho brasileiro.”, reforçou Simão.
Vale reforçar que o Brasil tem um grande diferencial competitivo, visto que é livre de vírus como, a Síndrome Reprodutiva e Respiratória Suína (PRRS) e de Peste Suína Africana (PSA), situação que deixa o país como referência em sanidade suína, se tornado destaque como exportador de genética e de carne.